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Cuidados com a Pele

Beleza natural: de cara limpa

Dicas para investir na saúde da pele

A quarentena despertou a busca por naturalidade em todos os sentidos, inclusive na pele. As pessoas estão se mostrando de cara limpa e buscando formas de cuidar e mantê-la saudável. Esse novo cenário que a pandemia apresentou trouxe à tona o olhar para si. Ver a beleza genuína no espelho se tornou mais rotineiro e lidar com o reflexo disso também.  “A onda da beleza natural vai se firmar com força, no entanto, isso não é o oposto de vaidade, e não significa deixar de lado o autocuidado,” opina a dermatologista Luciana Garbelini quanto ao futuro da beleza a partir dessa nova realidade. “Ficou evidente que manter a pele, o cabelo, as unhas e o corpo bem cuidados e naturalmente belos – no sentido de não precisar de artifícios para esconder imperfeições – exigem tempo, disciplina, conhecimento e investimento,” completa. E para isso é preciso estabelecer uma rotina mínima de cuidados com a pele. 

Guia rápido

A pele produz queratina e oleosidade naturalmente, por isso é importante começar pela limpeza. “Mesmo sem usar maquiagem e estar em contato direto com a poluição é fundamental conservá-la limpa,” reforça a médica. Que também lembrar que é preciso escolher produtos de acordo com as características predominantes de cada pele, e sempre observar a reação do corpo durante o uso.

Outro passo importante é a renovação celular da epiderme. Esta acontece espontaneamente, mas por meio da esfoliação é possível acelerar esse processo. Doutora Luciana aconselha fazer esse passo de uma a duas vezes por semana após a limpeza, mas isso dependerá da sensibilidade de cada pele. “A indicação é não exagerar na intensidade da pressão aplicada durante a esfoliação, já que isso também pode contribuir para a sensibilização cutânea.”

A próxima etapa é repor a água da pele, ou seja, passar um hidratante. Porém, é importante lembrar que existem produtos próprios para cada parte do corpo. Quando buscar por algum específico para o rosto, a médica aconselha ativos hidratantes como o ácido hialurônico, vitamina B5, vitamina E, assim como probióticos. No geral, esses também são mais neutros, sem ou com fragrâncias mais suaves, para evitar irritação. Vale também algum creme anti-aging e associar esse passo com uma massagem ou drenagem facial, é o que recomenda a dermatologista.

Para finalizar, um dos cuidados mais importantes é o uso do protetor solar. “Uma proteção extra acontece quando se usa o produto com cor de base, por proporcionar também uma barreira física contra os raios ultravioletas.” Além disso, é essencial lembrar de repassar o protetor a cada três ou quatro horas para que esse mantenha o nível de proteção.

Benefícios para a sua pele 

Reduzir o uso constante de maquiagem pode trazer inúmeros benefícios para a sua pele. A maquiagem pode obstruir os poros, causar acne e desidratar a pele com o tempo. Ao deixar sua pele respirar, você está permitindo que ela se renove e mantenha um equilíbrio saudável.  

Mas lembre-se, a beleza natural não significa que você deve abandonar todos os cuidados com a sua aparência. Pelo contrário, você pode adotar práticas que realcem sua beleza autêntica. Aqui estão algumas dicas: 

  • Cuidados com a Pele: Uma pele saudável é a base da beleza natural. Estabeleça uma rotina de cuidados com a pele que inclua limpeza, hidratação e proteção solar. Escolha produtos de alta qualidade que se adaptem ao seu tipo de pele. 
  • Alimentação Saudável: Sua dieta desempenha um papel crucial na saúde da pele. Consuma uma variedade de alimentos ricos em antioxidantes, vitaminas e minerais. Beba muita água para manter a hidratação. 
  • Confiança: Acreditar em si mesma é a chave. Quando você se sente bem consigo mesma, isso brilha através de sua expressão e postura. Sorria e mantenha a cabeça erguida. 
  • Cabelo e Unhas Saudáveis: Não se esqueça dos cuidados com o cabelo e as unhas. Um cabelo bem cuidado e unhas saudáveis complementam sua beleza natural. 
  • Menos é Mais: Se optar por usar maquiagem, escolha uma abordagem minimalista. Um pouco de base, rímel e batom podem realçar seus recursos sem cobrir tudo. E quando necessário, não tenha medo de investir em si mesma.

Outros cuidados 

Existem algumas reclamações clássicas quando o assunto é pele. Entre elas estão as espinhas, olheiras e manchas. Esses aspectos podem ser escondidos com maquiagem, mas se a intenção é realmente resolver o problema ou minimizá-lo de uma forma eficiente, cuidados mais específicos e profissionais são necessários.

Quando o assunto é espinha, as causas que contribuem para o aparecimento dessas inflamações são diversas. Entre elas está o estresse. “Estimula diversas lesões de pele de natureza inflamatória. Uma delas é a acne,” explica a médica. Ela esclarece que isso acontece porque o estresse aumenta o nível do hormônio cortisol no corpo, desequilibrando o metabolismo. Mudanças na alimentação e restrição à atividade física também podem influenciar no aparecimento da acne. Aspectos que precisam ser também analisados e cuidados.

Com as olheiras e manchas não é diferente. Manter um sono regular é importante, assim como a hidratação oral, ou seja, beber primordialmente água. E novamente o uso de protetor solar é indispensável durante o dia, lembra a médica. Que ainda acrescenta: “Não perder a disciplina da rotina de skincare é importante, principalmente para quem já possui manchas em tratamento como o melasma. E as compressas geladas pela manhã podem ajudar a disfarçar as olheiras.” 

Celebre sua beleza autêntica 

Em um mundo que muitas vezes promove padrões de beleza irreais, a beleza natural é um ato de coragem e autoaceitação. Ao abraçar sua cara limpa e cuidar de sua saúde física e mental, você não apenas realça sua beleza, mas também se liberta das expectativas prejudiciais. Lembre-se de que você é única e linda exatamente como é. Sua beleza natural é um presente que merece ser celebrado.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Cuidados com o Corpo

Como fazer as escolhas certas para uma rotina de cuidados corporais

A combinação entre os produtos certos e a forma de aplicá-los é um dos segredos essenciais quando o assunto é beleza. Aliar esses passos pode ajudar a potencializar alguns dos rituais de cuidado diário. Não só do rosto, como também do corpo. Mirando nessa área, que muitas vezes é deixada de lado, explicamos quais as melhores escolhas.

Quando se pensa em cuidados corporais uma das primeiras coisas que vem à cabeça é hidratar a pele. Mas, seria melhor escolher um hidratante ou um óleo de banho? “Óleo corporal funciona para evitar a perda excessiva de água através da pele. Forma como se fosse uma película protetora, mas não repõe água. Além disso, deixa a pele com uma textura macia e aveludada”, explica a dermatologista Luciana Garbelini. A médica destaca ainda que o óleo pode ser aplicado na pele úmida após o banho, sendo mais fácil de espalhar e não deixando um aspecto pegajoso.

Já se a intenção é a reidratação, ou seja, reposição de água nas camadas da pele é melhor optar por um creme hidratante.  E a doutora acrescenta: “É uma medida necessária em peles cronicamente secas, como em casos de dermatite atópica, pós-menopausa, hipotireoidismo, etc”. Assim, a combinação dos dois seria o mundo ideal! A sugestão é passar um hidratante e, depois de absorvido pela pele, o óleo. Ele vai ajudar a não perder a hidratação promovida anteriormente pelo creme.

Atenção aos pés

Os pés são as áreas mais ressecadas e consequentemente ásperas do corpo. Por isso, a Dra.Luciana recomenda sempre hidratar com produtos específicos para a região. “Escolher os que contêm substâncias que ajudam na retenção de água na pele, como uréia. E também que quebram a camada superficial mais espessa de queratina e promovem uma esfoliação química, como os queratolíticos,” indica.

A especialista também explica que uso de lixas promove uma esfoliação física e uma descamação mecânica. Isso estimula ainda mais a produção de pele, cada vez mais grossa, exatamente como um calo.

Outra etapa crucial

Esfoliar o rosto é algo relativamente comum, e as suas vantagens conhecidas. Então, por que não estender essa prática para outras partes do corpo? Apesar de não ser tão comum é uma boa opção e pode melhorar alguns ‘problemas’ na pele. “A esfoliação corporal ajuda a amenizar a foliculite nos glúteos (aquelas ‘bolinhas’ ásperas e espinhas no bumbum que incomodam muito e geralmente evoluem com manchas) e pelos encravados”, afirma a médica. Que também indica aplicar um hidratante corporal após o processo de esfoliação como medida de proteção imediata.

A prática ainda ajuda a clarear algumas áreas escurecidas do corpo, como a de axilas e virilhas,  promovendo a remoção das células mortas. Segundo a médica, esse escurecimento pode ter causas diversas. “Os métodos de depilação que provocam atrito ou inflamação como lâmina, cera quente ou fria. Assim como pelos encravados, principalmente associado ao hábito de manipular as lesões”, explica.

As razões também podem ser outras. Entre elas estão: “Distúrbios hormonais, síndrome dos ovários policísticos, resistência à insulina ou diabetes: tem como característica comum o espessamento e escurecimento da pele da nuca, axilas e virilhas. Assim como o sobrepeso e obesidade, que podem intensificar o atrito da pele durante o movimento em região de dobras. E as alergias, geralmente relacionadas aos desodorantes,” esclarece.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Protetor solar é seguro? Tudo o que você precisa saber sobre FPS

Protetor solar é realmente seguro? Quanto e como usar? Para quais tipos de pele? Essas e outras questões a toda hora vêm à tona, especialmente nesta época de verão. E há motivos para tantos questionamentos. “Há sempre novos estudos e novidades relacionados ao protetor solar”, diz a dermatologista Luciana Garbelini. De fato, a evolução do protetor solar é constante.  O primeiro foi criado na década de 1940 por um farmacêutico australiano chamado Benjamin Greene ainda de forma caseira.  Por volta de 1950 o primeiro filtro foi vendido em farmácias. Mas o FPS só se popularizou nos anos 1970 e chegou ao Brasil em 1984. Hoje, há uma variedade enorme nas prateleiras, com cores, texturas e FPS diferentes. A médica responde aqui 5 dúvidas comuns em relação ao FPS:

O Funcionamento do Protetor Solar 

O protetor solar age como uma espécie de medicina preventiva para proteger as camadas da pele contra a radiação ultravioleta. É importante compreender que existem dois tipos de radiação: UVA e UVB. 

  • Radiação UVA: Esta é responsável pelo bronzeamento da pele e, ao mesmo tempo, pelo envelhecimento precoce. 
  • Radiação UVB: É a que causa vermelhidão e queimaduras solares. Ambas as radiações têm relação direta com o câncer de pele. 

Quanto às fórmulas, existem dois tipos básicos de protetor solar: 

  • Químico: Contém substâncias que formam uma camada protetora absorvendo tanto os raios UVA quanto UVB, evitando que penetrem na pele. 
  • Físico: É composto por substâncias minerais não absorventes que refletem a radiação, funcionando como uma barreira física contra os raios solares. 

Os Fatores de Proteção e o que Significam 

É comum haver confusão em relação aos Fatores de Proteção Solar (FPS). O FPS corresponde ao tempo de exposição segura aos raios UVB, não à potência de proteção do produto. A pele humana possui uma proteção natural contra a radiação UVB, e o número do FPS indica quantas vezes esse tempo é prolongado. 

Para ilustrar, se sua pele começa a queimar após 10 minutos de exposição ao sol, um filtro solar com FPS15 garante proteção por 150 minutos. Além disso, há o Fator de Proteção UVA (FPUVA) ou PPD, que representa a proteção contra os raios UVA. Para uma proteção equilibrada, o valor do FPUVA deve ser aproximadamente 1/3 do FPS do produto. Por exemplo, um filtro solar FPS30 deve ter um FPUVA de no mínimo 10.

O Protetor solar é seguro?

Recentemente, o FDA alertou sobre 12 compostos que devem ser evitados em protetor solares, visto que não existem estudos suficientes sobre sua biossegurança. Sabe-se que a oxibenzona apresenta reação alérgica e irritação, algumas outras substâncias químicas, como o metoxicinamato de octila e octissalato foram relacionadas a alterações endócrinas. Mas isso não significa que não seja seguro – para o FDA, não há informações suficientes para dar um aval. No Brasil, há uma rígida legislação da ANVISA em relação às substâncias permitidas e as concentrações máximas nos filtros solares. Essa determinação se baseia em estudos de risco toxicológico, sensibilização, absorção, irritação e mutagenicidade. Até o momento, não há evidências que os componentes estudados, nas quantidades recomendadas, levem a algum risco especí­fico para a saúde.

Qual o protetor solar ideal para cada tipo de pele?

Para peles secas, filtros com ação hidratante e/ou associados a vitamina E são super adequados. Para pele oleosa, indispensável os filtros com acabamento em “toque seco” associados à ativos que controlam a produção de sebo na pele, como a sílica, por exemplo. Para peles mistas, filtros fluídos com textura mais leve, como sérum, gel ou loção. “Importante lembrar que a maioria dos protetores é adaptada para pele mista e oleosa, o tipo de pele predominante na população brasileira”, finaliza a médica.

Variedades de Protetores Solares Disponíveis no Mercado 

Há uma ampla variedade de texturas e tipos de filtros solares disponíveis no mercado, cada um com sua indicação ideal: 

  • Cremoso: Com textura hidratante, é adequado para peles secas ou ressecadas. 
  • Com cor: A pigmentação ajuda a bloquear a luz visível, emitida por lâmpadas e monitores, e é recomendado para peles sensíveis. 
  • Oil-free: Ideal para peles acneicas ou oleosas, pois não contém óleo em sua composição. 
  • Spray: Fácil de aplicar, mas requer reaplicações frequentes devido à camada fina de proteção. 
  • Em pó: Perfeito para proteger a pele sem estragar a maquiagem. 
  • Em bastão: Recomendado para uso em áreas específicas, como rosto, nariz e orelhas. 
  • Anti-idade: Contém vitamina C e antioxidantes que ajudam a prevenir o envelhecimento da pele. 

Aplicação Adequada do Protetor Solar 

O protetor solar deve ser aplicado após o banho, limpeza ou hidratação, cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol para ativar sua eficácia. A quantidade do produto deve ser suficiente para cobrir todas as áreas expostas. 

É importante aplicar o filtro solar diariamente, respeitando as quantidades recomendadas, e reaplicá-lo a cada duas ou três horas. Após nadar ou entrar no mar, a reaplicação deve ser imediata. 

A Importância Fundamental do Uso do Protetor Solar 

A exposição solar é crucial para a manutenção saudável da pele humana, especialmente para a absorção de vitamina D, que fortalece a saúde dos ossos e reforça o sistema imunológico. 

Devido ao aumento da radiação UVB entre 10h e 16h, o uso contínuo do protetor solar é essencial para uma proteção adequada. 

Protetor Solar no Inverno: Uma Necessidade 

Mesmo no inverno brasileiro, caracterizado pelo tempo seco e dias claros, é fundamental usar protetor solar. A exposição aos raios UV ainda é significativa durante essa estação. Além disso, produtos com ação hidratante são recomendados, já que o clima frio tende a ressecar e sensibilizar a pele. 

Ao fazer uso do protetor solar regularmente, você pode aproveitar os benefícios do sol com segurança, minimizar efeitos indesejados e, o mais importante, prevenir doenças graves. Portanto, priorize sua saúde e siga sempre as orientações do seu dermatologista na escolha do protetor solar mais adequado ao seu tipo de pele, bem como em relação ao horário e à duração da exposição ao sol.

Perguntas Frequentes

Há uso excessivo de protetor solar? Ou seja, há pessoas que usam mais proteção do que de fato necessitam?

O maior erro de quem usa protetor solar está na quantidade de filtro aplicada: a maioria das pessoas usa menos do que deveria. O Consenso Brasileiro de Fotoproteção, documento assinado pelos conselhos de dermatologistas do país, criou em 2013 a “regra da colher de chá”, que determina a proporção ideal de fotoprotetor para cada parte do corpo. “Rosto, cabeça e pescoço devem receber uma colher de chá de filtro solar cada um. Tronco e costas, duas colheres de chá cada”, diz a Dra Luciana Garbelini.

Há ainda o consenso de que o melhor é começar pelo FPS 30? Mesmo peles morenas?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Fator de Proteção Solar (FPS) mais indicado para a população brasileira é de no mínimo 30.

Quem tem pele clara, com tendências a manchas, sardas, o que podem fazer para melhor proteção?

As medidas de proteção devem ser realizadas diariamente, mesmo que o dia esteja nublado ou chuvoso. A pigmentação pode ocorrer também com a luz visível, por isso, deve-se associar à fotoproteção filtros físicos. Outra medida importante é a reaplicação do filtro solar, para manter a proteção adequada durante todo o dia e a roupas, chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis. Toda a medida que evite a exposição solar da região acometida deve ser estimulada.

Protetores orais são bons? Para quem?

Os fotoprotetores orais são ativos antioxidantes (vitamina C, vitamina E, carotenóides, polifenóis, extrato de Polipodium leucotomus, entre outros) reduzindo o dano celular gerado pela radiação solar, neutralizando radicais livres. Indicados como coadjuvantes na prevenção de manchas induzidas pelo sol. No entanto, não são substitutos dos protetores tópicos, são compostos complementares de fotoproteção, não existem evidências de que essas substâncias evitam a penetração da radiação ultravioleta na pele.

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Russian Lip Technique – A nova técnica de preenchimento labial

Lábios bonitos e bem desenhados são cada vez mais desejados. De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS), mais de 30.000 americanos fizeram tratamento para aumentar os lábios em 2018, o que significa mais de um a cada 20 minutos. Esse valor representa um aumento no número de procedimentos em 4%, quando comparado ao ano anterior, e um crescimento de 66% em relação a 2000.

 

Em uma época em que as mudanças culturais são impulsionadas pelas mídias sociais, o conceito em torno de preenchimento labial mudou. Hoje, há uma aceitação maior e uma consequente popularização. Não é de se surpreender que hashtags como #lipfillers gerem 1.2 milhão de resultados no Instagram. Além disso, no passado, o procedimento tinha algumas limitações. Muitas vezes, ao serem preenchidos, os lábios ficavam artificiais por falta de produtos e técnicas adequadas. No entanto, com o foco cada vez maior em lábios bonitos e naturais, a indústria dermatológica trouxe inovações, oferecendo produtos mais adequados à região e, combinadas a isso, técnicas de aplicação vêm sendo aperfeiçoadas. Uma, em especial, vem se destacando: a Russian Lip Technique.

De acordo com a dermatologista Luciana Garbelini, de São Paulo, a técnica utiliza gotículas de ácido hialurônico, que são rigorosamente arquitetadas em traves de sustentação da boca e distribuídas milimetricamente entre elas. “Os pontos de aplicação são definidos de acordo com a anatomia e o desejo de cada um. O objetivo não é dar um volume exagerado ao lábio, e sim deixá-lo com um contorno bonito e proporcional ao rosto, reforçando a sua estrutura anatômica. Assim, o arco do cupido (parte superior e central) é realçado e o vermelhão (corpo do lábio) é evertido”, explica a médica.

Dra. Luciana diz ainda que o ácido hialurônico utilizado na técnica tem menor capacidade de volumizar e é mais resistente, ou seja, possui maior propensão em resistir às deformações durante o movimento muscular. O resultado é o embelezamento da área, com efeito discreto e acabamento uniforme, evitando aquele aspecto de lábio plastificado, o famoso “bico de pato”. “A técnica é indicada para pessoas que desejam um ‘pump’ discreto ou até mesmo lábios mais cheios, sem aparência de que foram preenchidos. O tempo de duração é, em média, de 12 a 18 meses”.

 

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em Estética Avançada no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Pele oleosa: mitos X verdades

Dermatologista Luciana Garbelini revela como se livrar do excesso de brilho indesejado e manter a cútis equilibrada, bonita e saudável

Matéria escrita com Revista Vogue Brasil 

Imagine o seguinte cenário: você faz toda uma produção de maquiagem para aquele evento e, distraída, no melhor da festa, se olha no espelho e se dá conta de que a maquiagem está derretendo graças ao excesso de oleosidade produzido por sua pele. Como consequência, uma profusão de cravos e espinhas acabam invadindo o seu rosto, o que acaba parecendo uma adolescência tardia.

Ao redor do assunto, existem uma infinidade de comentários, muitos deles totalmente erroneos ou infundados. Pra te ajudar a desvendar os mistérios da pele oleosa e da cicatrização de espinhas, batemos um papo com a dermatologista Luciana Garbelini, que revela o que é mito ou verdade sobre o tema.

A pele oleosa tem mais tendência a ter acne. Verdade!

A pele oleosa cria um ambiente favorável ao crescimento de bactérias e aumenta o bloqueio dos poros – provocado pela secreção sebácea excessiva. Devido a essas duas características, as lesões de acne se formam com maior facilidade. O tratamento acaba sendo o mesmo e medicamentos específicos agem promovendo a atrofia das glândulas sebáceas, reduzindo a oleosidade e também as lesões.

Pele oleosa tende a ter menos rugas. Verdade!

É uma particularidade deste tipo de pele, que devido a camada mais espessa da pele, o aparecimento de rugas finas é menor, retardando os efeitos do tempo. Por isso, iniciar tratamentos com produtos anti-idade o quanto antes fará com que o surgimento das linhas de envelhecimento seja ainda mais tardio.

Quem tem a pele do rosto oleosa tem, necessariamente, a pele do corpo oleosa. Mito!

Apesar do que normalmente se pensa, quem possui maior oleosidade no rosto não necessariamente apresentará esse aspecto em outras partes do corpo. A maioria dos brasileiros possui o corpo seco e a face oleosa, que é a área de maior concentração de glândulas sebáceas.

Quem tem a pele oleosa tem o cabelo oleoso. Verdade!

As áreas mais ricas em glândulas sebáceas, que produzem a oleosidade, estão na face, no couro cabeludo e na parte superior do tronco. Por isso, quem apresenta pele oleosa tem mais chance de ter as madeixas com o mesmo problema, e vice-versa.

Peles oleosas também devem usar hidratante e protetor solar. Verdade!

A pele oleosa possui um hidratante natural, mas isso não dispensa o uso de hidratantes, o principal a se pensar é o veículo a ser utilizado. Se o hidratante em sérum se adapta com maior facilidade, a dica é apostar em produtos que promovam a sensação de toque seco. Já o protetor solar não agrava o aspecto luminoso da pele, mas também deve ser usado o produto na versão oil free e de rápida absorção. O mais importante é que o paciente faça uma higiene adequada antes de dormir para remover todos os excessos de produtos.

Existem alimentos que deixam a pele ainda mais oleosa, como o chocolate. Verdade!

A alimentação também pode influenciar na oleosidade da pele. Alguns alimentos estimulam a produção de secreção pelas glândulas sebáceas. A maioria das pessoas percebe relação entre o surgimento de acne com períodos de excessos alimentares de doces, alimentos gordurosos e derivados de leite.

Esfoliar a pele oleosa ajuda a remover cravos e desobstruir poros. Verdade!

A esfoliação remove a camada mais superficial da pele e, por consequência, desobstrui os poros. Já a remoção de cravos na face, redução do brilho e da oleosidade são apenas momentâneas.

Quem tem pele oleosa deve lavar o rosto sempre que possível. Mito!

Não há necessidade de lavar o rosto mais do que duas vezes ao dia, a não ser que o paciente sinta muito incômodo. Repetidas lavagens não resolvem o problema. O que sugerimos é o uso de sabonetes específicos pela manhã e ao deitar, já que esses produtos, em geral, têm compostos que auxiliam na remoção das células mais superficiais e na redução da oleosidade, diminuindo o brilho. E na hora de lavar o rosto lembre-se: a água quente resseca a pele, enquanto a fria mantém a hidratação natural.

A vitamina C causa espinhas na pele oleosa: MITO 

A vitamina C, por si só, não causa espinhas na pele oleosa. O que pode levar ao aparecimento de acne é a textura do produto. Portanto, opte por dermocosméticos à base de vitamina C com textura matte, que não aumentam a oleosidade da pele e não desencadeiam o surgimento de espinhas.

A pele oleosa envelhece mais devagar: MITO 

Todos os tipos de pele envelhecem da mesma forma. A impressão de que a pele oleosa envelhece mais lentamente se deve ao brilho natural causado pelo excesso de oleosidade, que pode ser confundido com uma pele hidratada e com menos rugas. Isso faz com que a pele oleosa pareça mais jovem, uma vez que a hidratação natural disfarça as linhas de expressão.

Quem tem pele oleosa não pode usar maquiagem, pois aumenta a oleosidade: MITO

A maquiagem pode ser usada por quem tem pele oleosa, desde que sejam utilizados produtos adequados para esse tipo de pele. Além disso, uma preparação adequada da pele é essencial. Antes de aplicar a maquiagem, é importante fazer uma limpeza facial, usar um hidratante com textura matte e um primer. Ao final do dia, é fundamental remover completamente a maquiagem com uma solução micelar, que limpa, remove impurezas e controla a oleosidade. 

Versão original no site da Vogue  

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