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ToggleComo sintomas dermatológicos podem indicar baixa imunológica
Em tempos de coronavírus, mais do que nunca, se percebe a relevância de manter o sistema imunológico saudável. Deficiências imunitárias podem ser porta de entrada para microrganismos nocivos à saúde e por isso a importância de ficar atento a alguns sinais. Mas, como a baixa imunidade pode refletir em diferentes áreas do nosso corpo? Destacamos algumas indicações dermatológicas que podem servir de aviso que é hora de dar mais atenção para a imunidade.
A pele, maior órgão do corpo humano, pode apresentar indícios que nos ajudam a ligar o sinal de alerta e não deixar a nossa defesa natural tão vulnerável. “O ideal é manter o corpo sempre em equilíbrio, qualquer manifestação de baixa imunidade merece atenção para que outras infecções em potencial não se aproveitem dessa deficiência do organismo e se apresentem com maior gravidade”, salienta a dermatologista Luciana Garbelini.
Um dos sintomas de baixa imunidade evidenciados pela especialista é a erupção viral por herpes simples. As principais características são: “Bolhas e feridas que aparecem ao redor da boca, nariz ou genitais, mas podem ocorrer em qualquer parte da pele”, esclarece a médica.
Outros sinais
Além disso, Luciana também destaca três tipos de dermatites que podem ter relação com um déficit imunológico. A primeira é a dermatite seborreica. “Mais frequente no couro cabeludo, apresenta descamações, vermelhidão e coceira. Pode evoluir para o rosto – entre as sobrancelhas e ao lado da asa nasal – e atrás da orelha”, explica.
Outra pode ser a dermatite bacteriana. Essa inclui desde foliculites recorrentes, furúnculos e até quadros mais graves como a erisipela, uma infecção grave e extensa que acomete uma camada mais profunda da pele, causada pela penetração da bactéria por meio de pequenas rachaduras nos pés e entre os dedos ou após uma picada de inseto. “Esse tipo de dermatite é mais comum nas pernas, principalmente de idosos, diabéticos e pessoas imunocomprometidas”. Por isso também a importância de dar mais atenção para os grupos de risco em momentos como esse.
E por último a dermatite atópica. “Característica das pessoas com alergias sistêmicas, como rinite, bronquite e sinusite, geralmente começa na infância, e é desencadeada em ambientes secos ou ácaros. Assim como em períodos de ansiedade”, salienta. Dessa forma, se preocupar também com a saúde emocional deve fazer parte dessa nova rotina de cuidados.
Sabendo disso, a Dra. Luciana dá a dica: “preste atenção nesses quadros cutâneos recorrentes ou resistentes porque demonstram sinais de baixa imunidade. Busque tratamento o quanto antes e tome medidas para reforçar a defesa do corpo e se manter saudável. Só assim o sistema imunológico pode desempenhar seu papel da melhor forma”.
Sobre Dra. Luciana Garbelini
Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.