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É rosácea? 5 dicas para ajudar a identificar e como tratar

Uma situação constrangedora pode deixar algumas pessoas com as bochechas coradas como um sinal de timidez. Mas, em alguns casos, a vermelhidão no rosto pode ser uma condição crônica de pele chamada rosácea. Doença inflamatória da pele, que acometia princesa Diana, pode piorar no inverno, mas tem tratamento.

Mais comum em mulheres do que em homens, é frequentemente confundida com acne, e precisa ser diagnosticada por um dermatologista, que pode sugerir medicamentos e outros tratamentos para controlar os sintomas.

Outras condições, como dermatite seborreica e acne, também podem ter manchas faciais vermelhas como característica. Portanto, obter um diagnóstico correto é fundamental para garantir um tratamento eficaz desde o início. Um diagnóstico errado e, por consequência, um tratamento que visa qualquer outra condição da pele, pode piorar bastante a rosácea.  

Os sintomas da rosácea incluem vermelhidão e vasos sanguíneos visíveis, manchas rosadas com pus, vermelhidão e inchaço do nariz – que é mais comumente encontrado em homens – e vermelhidão e desconforto nos olhos. Mais comuns na parte central do rosto, esses sintomas podem aparecer sozinhos ou combinados.

A genética é o fator predominante no caso da rosácea, mas existem tratamentos e mudanças na rotina, mantendo gatilhos sob controle, que podem ajudar bastante.

Confira 5 dicas para tratar a rosácea

1. Descubra quais são seus possíveis gatilhos

Temperaturas extremas, ventos frios, bebidas quentes, estresse, álcool, exercícios, exposição à luz UV e até certos medicamentos podem acentuar a rosácea. Identificar o que desencadeia a reação e evitar esses gatilhos é o primeiro passo para começar os cuidados.

2. Mantenha a pele hidratada

Se a rosácea deixa sua pele seca ou oleosa, não importa, sempre limpe suavemente e hidrate a pele, de manhã e à noite, e preste atenção aos produtos que usa, pois qualquer coisa muito abrasiva pode afetar ainda mais a barreira da pele.

4. Use FPS todos os dias

Todo mundo deveria usar protetor solar todos os dias, mas é ainda mais importante se você sofre de rosácea. O sol pode piorar a condição e é uma das causas mais frequentes de surto. Para proteger sua pele, aplique um protetor solar no rosto todos os dias, mesmo em dias nublados.

5. Faça um tratamento de longo prazo

Consulte um dermatologista regularmente e elabore um plano de gerenciamento de longo prazo. A pele saudável se torna mais resistente e mais capaz de suprimir os sintomas. Podem ser receitados tratamentos via oral e/ou lasers, peelings e produtos corretos para tratar as veias, reduzir o rubor e a visibilidade dos poros, evitar a formação de inchaços e aliviar a coceira.

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Coronavírus e sintomas dermatológicos

Como sintomas dermatológicos podem indicar baixa imunológica

Em tempos de coronavírus, mais do que nunca, se percebe a relevância de manter o sistema imunológico saudável. Deficiências imunitárias podem ser porta de entrada para microrganismos nocivos à saúde e por isso a importância de ficar atento a alguns sinais. Mas, como a baixa imunidade pode refletir em diferentes áreas do nosso corpo? Destacamos algumas indicações dermatológicas que podem servir de aviso que é hora de dar mais atenção para a imunidade.

A pele, maior órgão do corpo humano, pode apresentar indícios que nos ajudam a ligar o sinal de alerta e não deixar a nossa defesa natural tão vulnerável. “O ideal é manter o corpo sempre em equilíbrio, qualquer manifestação de baixa imunidade merece atenção para que outras infecções em potencial não se aproveitem dessa deficiência do organismo e se apresentem com maior gravidade”, salienta a dermatologista Luciana Garbelini.

Um dos sintomas de baixa imunidade evidenciados pela especialista é a erupção viral por herpes simples. As principais características são: “Bolhas e feridas que aparecem ao redor da boca, nariz ou genitais, mas podem ocorrer em qualquer parte da pele”, esclarece a médica.

Outros sinais

Além disso, Luciana também destaca três tipos de dermatites que podem ter relação com um déficit imunológico. A primeira é a dermatite seborreica. “Mais frequente no couro cabeludo, apresenta descamações, vermelhidão e coceira. Pode evoluir para o rosto – entre as sobrancelhas e ao lado da asa nasal – e atrás da orelha”, explica.

Outra pode ser a dermatite bacteriana. Essa inclui desde foliculites recorrentes, furúnculos e até quadros mais graves como a erisipela, uma infecção grave e extensa que acomete uma camada mais profunda da pele, causada pela penetração da bactéria por meio de pequenas rachaduras nos pés e entre os dedos ou após uma picada de inseto. “Esse tipo de dermatite é mais comum nas pernas, principalmente de idosos, diabéticos e pessoas imunocomprometidas”. Por isso também a importância de dar mais atenção para os grupos de risco em momentos como esse.

E por último a dermatite atópica. “Característica das pessoas com alergias sistêmicas, como rinite, bronquite e sinusite, geralmente começa na infância, e é desencadeada em ambientes secos ou ácaros. Assim como em períodos de ansiedade”, salienta. Dessa forma, se preocupar também com a saúde emocional deve fazer parte dessa nova rotina de cuidados.

Sabendo disso, a Dra. Luciana dá a dica: “preste atenção nesses quadros cutâneos recorrentes ou resistentes porque demonstram sinais de baixa imunidade. Busque tratamento o quanto antes e tome medidas para reforçar a defesa do corpo e se manter saudável. Só assim o sistema imunológico pode desempenhar seu papel da melhor forma”.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Mês do Melanoma – Conheça mais sobre esse tipo de câncer

Junho Preto: atenção à pele

No mês de conscientização sobre o melanoma, a dermatologista Luciana Garbelini explica mais sobre esse tipo de câncer

Os tumores cutâneos são os mais frequentes nos seres humanos e correspondem a cerca de 30% dos casos registrados de câncer. O melanoma está entre eles. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, houve 6.260 novos casos de melanoma, no ano de 2019, sendo 2.920 em homens e 3.340 em mulheres. Para falar mais sobre o assunto e estimular a conscientização a respeito do tema a dermatologista Luciana Garbelini, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo esclarece algumas dúvidas relacionadas a um dos mais perigosos cânceres de pele.

A origem do melanoma se dá por uma alteração nos melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina na pele. “Pode surgir em áreas de pele normal ou em modificação de pintas já conhecidas”. Na maior parte das vezes, esse tipo de mutação atinge pessoas de pele clara. Em homens, surge mais frequentemente no tronco, e em mulheres, nas pernas. “Apesar de mais comuns em pessoas de pele clara, outros fototipos (ou outros tons) de pele também podem apresentar a doença,” explica doutora Luciana. Ela também destaca que os tumores podem aparecer em outras partes do corpo, como a região da palma das mãos, planta dos pés e até embaixo das unhas. E completa: “Existem melanomas em outras regiões, além da pele, que também apresentam pigmento melânico como na coróide nos olhos e no labirinto dos ouvidos.”

Os fatores de risco são diversos. Um deles é a questão genética: “A história familiar é importante, em torno de 10% tem um parente de primeiro grau acometido,” como explica a médica. O desenvolvimento da condição também pode ter relação com a faixa etária, já que melanomas são mais comuns em adultos, sendo o pico de incidência aos 50 anos. “Atinge uma faixa de idade que vai desde adultos jovens até pessoas muito idosas,” completa a dermatologista. Queimaduras solares na infância ou adolescência e exposição solar intensa sem proteção durante a vida adulta também podem contribuir para o aparecimento do melanoma. Além da presença de múltiplos nevos (pintas), como destaca a especialista: “Mais de 100 nevos no corpo ou nevos grandes.”

Apesar de estar associado com as células que produzem a pigmentação da pele, Dra. Luciana esclarece que o melanoma não necessariamente é escuro ou tem relação com uma pinta. “É caracteristicamente enegrecido por ser uma alteração da célula que produz o pigmento da pele (melanina), mas existem melanomas esbranquiçados ou avermelhados, que chamamos de amelanótico, ou seja, estes são ausentes de melanina. Ela explica que uma pinta normal é geralmente marrom ou preta, de coloração uniforme, chata ou levemente elevada em relação ao restante da pele. “Podem ser redondas ou ovais e costumam ser menores que aquela borracha na ponta de um lápis. É possível estar na pele já no nascimento ou aparecer depois, mas são estáveis, com mesmo tamanho, forma e cor por muitos anos, embora possam clarear nas pessoas idosas.”

Já as pintas preocupantes, de acordo com a médica, seguem uma regra ‘ABCDE’, ou seja, critérios usados para identificar possíveis melanomas. Assim temos: “Assimetria, quando a metade da pinta é diferente da outra parte. Também se as bordas são irregulares, com características dentadas, chanfradas e com sulcos. Coloração, se há mais de uma cor no mesmo nevo (pinta), com diferentes tons de marrom e preto e, às vezes, de vermelho, azul ou branco. Diâmetro de mais de 6 mm, embora médicos possam diagnosticar melanomas bem menores com um aparelho chamado dermatoscópio. E evolução, mudanças de tamanho, forma ou cor observadas ao longo do tempo.” A dermatologista completa: “Alguns melanomas fogem dessa descrição e o melhor é procurar um especialista se suspeitar de algo diferente.”

Ainda que de incidência baixa, o melanoma é um dos tumores mais agressivos. “Ele representa apenas 3% dos casos de câncer de pele no Brasil,” comenta. Ela ainda explica que se descoberto em seus estágios iniciais, o melanoma é quase sempre curável, mas completa: “Sua incidência vem aumentando ao longo dos anos.” Porém o perigo está se diagnosticado tardiamente, podendo se espalhar para outras partes do corpo em um processo de metástase. “Dados apontam para crescimento de novos casos de 10% quando comparado a 2016,” destaca Luciana.

Como forma de cuidado é importante evitar exposição solar sem medidas de proteção. Usar sempre filtros solares e até barreiras físicas como boné ou camisetas. E manter a vigilância da pele. “Tenha o hábito de observar regularmente a pele à procura de manchas suspeitas e pintas novas ou que se modificaram.” A médica ainda ressalta a importância de consultar um dermatologista pelo menos uma vez ao ano, para que seja feito um exame apropriado da pele e a possível identificação de alterações cutâneas. E finaliza: “Prevenção nunca é demais.”

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em Estética Avançada no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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