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Cuidados com o cabelo

Skincare capilar

A dermatologista Andrea Frange explica como estabelecer uma rotina de autocuidado para os fios

Skincare e rotina de autocuidado são termos que – em um primeiro momento – podem remeter a um assunto sobre pele. Mas assim como a derme, o cabelo também precisa de uma rotina de cuidados para se manter saudável e bonito. “É possível usar a mesma linha de raciocínio aplicada no skincare da pele quando se trata de cuidados com o cabelo,” explica a dermatologista e especialista em tricologia Andrea Frange, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo.

Além disso, a médica reforça que ter uma rotina de cuidados capilar ou pelo menos a consciência da sua importância, facilita a organização para que essa possa ser eficiente, seja nos resultados ou dentro dos afazeres diários. “Assim, é possível identificar os passos do skincare capilar que já fazem parte da rotina de cuidado com o cabelo e como acrescentar certas etapas para suprir todas as necessidades dos fios”. 

O que é Haircare e Scalpcare? 

O “haircare” é uma rotina de cuidados com os cabelos e o couro cabeludo que se assemelha ao skincare para a pele. É uma abordagem mais carinhosa e personalizada para atender às necessidades específicas dos cabelos. Assim como a pele, os cabelos também estão sujeitos a fatores que podem afetar sua saúde e aparência, como estresse, poluição, acúmulo de resíduos, envelhecimento genético e muito mais. O couro cabeludo, aliás, é uma extensão da pele, então faz todo o sentido que ele mereça a mesma dedicação. 

O “scalpcare” refere-se ao cuidado específico com o couro cabeludo, reconhecendo-o como uma parte crucial da saúde capilar. Um couro cabeludo saudável é o alicerce para cabelos fortes e brilhantes. Quando você adota um cronograma capilar que combina haircare e scalpcare, seus cabelos e couro cabeludo ficam em equilíbrio, resultando em fios mais saudáveis e resistentes. 

Limpeza e esfoliação

Se tratando de cabelo, a limpeza é o principal passo da rotina de autocuidado. E também a etapa que dá início a qualquer skincare. “Nesse caso, muito mais do que pensar no fio, é preciso começar os cuidados capilares pelo couro cabeludo. É lá que se encontram as principais necessidades do cabelo, e estas têm relação direta com a saúde do comprimento”. Além disso, por ser um local quente, úmido, e que acumula resíduos, a importância dessa etapa é ainda maior. “Assim, a limpeza precisa ser feita apenas no couro cabeludo, e o que escorrer do shampoo aplicado nessa área já é o suficiente para limpar o restante.”

A especialista ainda destaca que para essa área pode ser interessante, inclusive, fazer o uso da esfoliação, assim como se costuma fazer na pele. “Já é possível encontrar produtos específicos para o cabelo com essa finalidade. Mas também existe a possibilidade de fazer uma esfoliação caseira”, diz Andrea. “Separe um pouco do shampoo – podendo ser até um de limpeza profunda – e adicione um pouco de açúcar. Aplique a mistura, massageando em movimentos suaves, apenas o couro cabeludo. Não estender para o comprimento a aplicação, já que o atrito pode causar traumas no fio, inclusive gerando frizz. A prática, através das esferas, promove uma esfoliação física na região e como consequência a remoção de células mortas, o que leva a uma limpeza mais profunda do couro cabeludo”.

Hidratação e proteção

A parte da hidratação, de certo modo, fica por conta do próprio organismo. Mas existem práticas que podem ajudar nesse aspecto, ou então atrapalhar. “A pele do couro cabeludo funciona da mesma forma que a derme do restante do corpo. Se for limpa em excesso pode gerar efeito rebote e como consequência produção demasiada de sebo, deixando os fios mais propensos à oleosidade”. E aí especial atenção com o tipo de produto que está sendo utilizado durante a etapa da limpeza. “O uso de shampoos muito adstringentes precisa ser feito com cautela, assim como a aplicação de qualquer emoliente, como condicionador ou máscara, que não devem ser aplicados no couro cabeludo. Estes ficam responsáveis apenas pela hidratação do comprimento.” 

Ao mesmo tempo, deixar de lavar o cabelo ou criar intervalos longos entre uma lavagem e outra também pode comprometer as funções do couro. “O acúmulo de resíduos e oleosidade na região gera caspa, obstrui o folículo capilar, pode contribuir na queda e prejudicar o crescimento.” Doutora Andrea explica que seria interessante lavar os fios, geralmente, a cada dois dias. Mas isso depende da rotina e características de cada cabelo. “A prática de exercícios físicos, por exemplo, é algo que pode exigir adaptações nesse intervalo. Muitas pessoas sentem a necessidade de lavar os fios todos os dias após o treino.” Nesse caso, o interessante é complementar os cuidados, já que além dessa limpeza mais frequente o suor é composto por diversos sais que ressecam o fio. “Passar um óleo para proteger o cabelo antes do exercício ajuda na selando da haste, além de promover uma umectação no cabelo”.

Outro ponto importante a ser ressaltado é sobre a proteção dos fios. Muitos associam a aplicação dos protetores térmicos com o uso de algum aparelho com fonte de calor, mas também é preciso lembrar da ação do sol sobre o cabelo. “Assim como ao usar uma ferramenta a base de calor, o sol queima e danifica os fios. Por isso, é importante em momentos de muita exposição fazer o uso de proteção físicas – como boné – ou reforçar a proteção solar a partir de protetores térmicos mais densos, óleos e até utilizando protetores solares próprios para o cabelo”.

E o cronograma capilar?

Estabelecer uma certa rotina de cuidados capilares não deixa de ser um ‘cronograma capilar’, mas este está mais associado a cuidados intensos e pontuais, que buscam atender as diversas carências capilares. “O cronograma capilar é interessante como uma forma de se organizar para suprir a maior parte das necessidades do cabelo. E que talvez dentro de uma rotina mais prática são etapas que não conseguem estar presentes, ou até mesmo não precisam fazer parte dela. São reposições que podem ser eventuais, em um dia de Day Spa dos fios, por exemplo. Momento de aplicada uma máscara que precisa de um tempo maior para agir – como nutrição e reconstrução – , ou fazendo combinações de produtos na busca por potencializar certos efeitos”.

Montando Seu Próprio Cronograma Capilar  

Montar um cronograma capilar começa com a observação e compreensão das necessidades dos seus cabelos. É importante prestar atenção aos sinais que seus cabelos estão dando, como ressecamento, quebra, falta de brilho, entre outros. Você pode até fazer um “Teste de Porosidade” simples para determinar o que seus cabelos precisam: 

  • Afundou até o fundo do copo: Se o cabelo afundar rapidamente na água, suas cutículas estão muito abertas, indicando a necessidade de reconstrução. 
  • Boiou na superfície: Se o cabelo flutuar na água, pode estar muito ressecado, indicando a necessidade de hidratação. 
  • Ficou no meio do copo: Se o cabelo ficar no meio da água, seus fios estão relativamente saudáveis, e você deve focar na nutrição. 

A partir daí, você pode criar um cronograma capilar adaptado às necessidades do seu cabelo. Um ciclo de cronograma capilar é geralmente concluído em quatro semanas, mas você pode ajustar a frequência de tratamentos de acordo com o que seu cabelo precisa. 

Exemplos de Cronogramas Capilares 

Aqui estão alguns exemplos de cronogramas capilares para diferentes necessidades capilares: 

Cronograma Capilar para Hidratação: 

1ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

2ª semana: Nutrição, Hidratação, Nutrição 

3ª semana: Hidratação, Reconstrução, Hidratação 

4ª semana: Nutrição, Hidratação, Nutrição 

Cronograma Capilar para Nutrição: 

1ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

2ª semana: Nutrição, Hidratação, Reconstrução 

3ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

4ª semana: Nutrição, Hidratação, Nutrição 

Cronograma Capilar para Reconstrução: 

1ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

2ª semana: Nutrição, Hidratação, Reconstrução 

3ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

4ª semana: Nutrição, Hidratação, Reconstrução 

Cronograma Capilar para Crescimento: 

1ª semana: Hidratação, Hidratação, Nutrição 

2ª semana: Hidratação, Nutrição, Reconstrução 

3ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

4ª semana: Hidratação, Nutrição, Reconstrução 

Cronograma Capilar para Cabelos Cacheados: 

1ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

2ª semana: Nutrição, Hidratação, Nutrição 

3ª semana: Hidratação, Nutrição, Hidratação 

4ª semana: Nutrição, Hidratação, Reconstrução 

Tem mais

Existem os itens básicos – assim como em uma rotina de cuidados com a pele – que são fundamentais. E dentro do skincare capilar não é diferente. Por outro lado, ao falar de cabelo, o números itens ou passos extras que podem ser incluídos para incrementar ainda mais esses cuidados são diversos. “Tônicos, spray anti-frizz, cremes para pentear, geleias, entre outras diversas opções de produtos que o mercado capilar oferece como complementos para a rotina de cuidados. Porém, independente de toda a oferta, o importante é lembrar que assim como a pele, cada cabelo tem suas próprias necessidades e se adapta melhor com aplicação ou não de determinado produto. Perceber as necessidades do cabelo e fazer adaptações necessárias, testando diferentes opções, é o mais aconselhável”, indica a dermatologista. 

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em cosmiatria e estética no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Sobre Dra. Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

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Queda de cabelo e Covid: existe alguma relação?

Doutora Andrea Frange, especialista em tricologia, tira suas dúvidas

A covid-19  pode trazer efeitos após o fim do ciclo do vírus no corpo. Além de prejuízos relacionados com olfato, paladar e respiração, há relatos de queda de cabelo acentuada após a infecção. A dermatologista especialista em tricologia Andrea Frange, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo, destaca aspectos que podem explicar mais sobre essa relação.

Assim como outras consequências decorrentes da covid, os efeitos posteriores estão sendo descobertos ao mesmo tempo em que se busca saber mais sobre a doença. “As possíveis causas de queda de cabelo como uma das decorrências do coronavírus ainda ficam no campo das probabilidades, como tudo ligado a esse vírus. No entanto, já se sabe que o covid pode causar o eflúvio telógeno agudo, quadro este que acontece quando há uma perda de cabelo acima do normal”, diz a médica.  

No geral, essa queda acentuada pode ser uma das formas de o corpo refletir problemas ou transformações que o organismo passou ou vem passando nos últimos tempos. “Os gatilhos para isso são vários. O uso de medicamentos, por exemplo, – como antibióticos e alguns anti-inflamatórios -, e infecções de uma forma geral. Cirurgias, estresse físico e psicológico, até luto. Além de perda de peso, má qualidade do sono ou comprometimento da alimentação, e consequentemente do fornecimento de nutrientes importantes para o organismo, também podem ter relação com a queda”. 

De acordo com a médica, na covid-19 acontecem alterações inflamatórias no organismo que podem ocasionar o quadro.  “E, pelo que tem se observado, parece que essa queda do cabelo acontece antes – com cerca de dois meses após o fato gerador – quando comparada a outras situações que também podem ser gatilhos para o quadro. E que a queda ocorre com três meses”, afirma Andrea. 

A dermatologista ainda diz que é preciso ter mais atenção se tratando de pacientes que já tem alguma questão que envolva queda de cabelo, caso estes venham a desenvolver covid. “É necessário observar como isso vai impactar no cabelo, se vai apresentar uma queda mais acentuada quando comparada ao seu histórico capilar.”

O que fazer?

Andrea explica que é importante ficar atento se o padrão de queda foge ao normal, sendo importante passar pela análise de um especialista. “Só ele poderá avaliar o quadro e indicar o tratamento ideal para cada caso”. Manter os fios limpos e secos, evitar tração excessiva, desembaraçar com cuidado, são atitudes simples e que devem ser seguidas no dia a dia. “Mas se a queda for programada, ou seja, se o organismo do paciente já iniciou o desprendimento a partir de um gatilho, ela vai acontecer de qualquer forma. Por isso é necessário orientação médica para avaliar a causa do problema e todas as circunstâncias que podem estar envolvidas na queda,” finaliza.

Sobre Dra. Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Inverno: os cabelos realmente caem mais nesta época?

Saiba se as estações do ano interferem na saúde dos fios

Queda é um dos principais medos quando se fala de cabelo. E existe uma dúvida comum de que algumas estações do ano como o outono podem intensificar o processo. A dermatologista e especializada em tricologia Andrea Frange esclarece essas dúvidas.

De acordo com a médica, a perda de cabelo ao longo do ano é algo normal, já que estudos mostram que nos animais mamíferos ocorre uma queda sazonal dos pelos. “Existe um tipo de queda de cabelo denominado eflúvio telógeno agudo, no qual, por certo período, ocorre um maior desprendimento de fios do couro cabeludo de forma programada pelo organismo. Esta troca de pelagem ocorre no final do inverno e começo da primavera”, explica a Dra. Andrea.

Um dos aspectos que pode influenciar nessa perda é a percepção do nosso organismo com relação à quantidade de luz no decorrer dos dias. “Durante todo o período do inverno os pelos, que possuem papel de proteção térmica, ficam ‘retidos’ por mais tempo, prolongando assim o período de permanência aderido à pele. O provável gatilho para o início da queda seria o aumento da visualização da luz solar através dos caminhos neurais que ligam os olhos ao cérebro”, salienta a tricologista.

A especialista ainda destaca: “Um gatilho para este tipo de queda seriam viagens em locais de grande exposição solar, com dias mais longos, comparados aos locais com menor duração do período solar”. Além disso, por esse tipo de queda fazer parte de um ciclo biológico, não haveria como preveni-la ou impedir que ocorresse. “A boa noticia é que por tratar-se de uma queda programada, para cada fio que se desprende existe um novo fio se formando logo abaixo.”

Outras causas

De acordo com a médica, existem outras causas de queda capilar que são preocupantes, pois levam a uma alteração do ciclo normal do cabelo. É o caso da dermatite seborreica do couro cabeludo, ou caspa, que tende a piorar nas estações mais frias como outono e inverno. “O aumento da proliferação fúngica no couro cabeludo pode piorar a queda de cabelo consideravelmente. Para evitar o seu surgimento é importante realizar a higienização do couro cabeludo com shampoos mais adstringentes e antifúngicos para uma limpeza profunda. Isso de uma a duas vezes por semana, dependendo da necessidade. Também lembrar que a aplicação de condicionadores deve ser apenas realizada no comprimento dos fios – da altura da orelha em direção às pontas”.

Outro ponto é evitar o uso de água quente durante o banho, dando preferência para uma temperatura de morna para fria.  A água quente estimula a produção de sebo pelas glândulas sebáceas, piorando a oleosidade do couro cabeludo e aumentando o ressecamento da haste dos fios.

Em alguns casos o tratamento apenas tópico não é suficiente, por isso a consulta médica é importante para avaliar a necessidade de medicações orais associadas e saber se a queda é pontual ou algo que precisa de um tratamento mais específico e prolongado.

Dra. Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal.

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Carnaval: confira dicas e cuidados para pele e cabelo

Glitter, lantejoulas, sprays. É muito comum o uso desses produtos no Carnaval. Combinados a eles ainda tem a exposição excessiva ao sol. Tudo isso pode afetar – e muito – a pele e o cabelo. Assim, alguns cuidados são necessários para se jogar na folia e não sentir os efeitos negativos depois. Confira as dicas das dermatologistas Luciana Garbelini e Andrea Frange, da Clínica Luciana Garbelini, de São Paulo.

  • Reforce o uso de protetor solar. Repasse o produto sempre que o suor estiver excessivo ou quando a pele entrar em contato com a água. Além disso, incremente com a proteção física, como chápeu ou boné e roupas com fotoproteção ou de algodão (este último tem proteção solar equivalente aos tecidos específicos contra radiação ultravioleta).
  • Evite o uso excessivo de produtos autocolantes na face. Podem causar reação alérgica e ainda marcas na pele após a exposição solar. Se for usar, não esquecer de repassar o protetor solar sempre que possível para evitar essas manchas no rosto.
  • Use demaquilantes específicos para remover glitters e lantejoulas do corpo. Dê preferência aos demaquilantes bifásicos ou oleosos e use-o como se fosse um sabonete líquido para lavar o rosto. Não utilize algodão ou lenços para evitar o atrito com a pele.
  • Invista em maquiagens hipoalérgicas ou para peles sensíveis. O uso em excesso de maquiagens nessa época pode ser prejudicial, por isso é recomendado maquiagens mais suaves que não agridam tanto a pele. Evite compartilhar produtos e fique atenta a data de validade. É importante verificar a origem deles também: o mercado de maquiagem falsificada é assustador e um grande causador de dermatites de contato. O ideal é comprar em lojas conhecidas e confiáveis.
  • Use água termal na hora de retirar a maquiagem. É recomendado o uso deste produto diariamente para acalmar a pele agredida pelo sol ou pela própria maquiagem.

 

  • Teste os sprays de cabelo para saber se há alguma alergia ou reação adversa. Mesmo considerados tinturas temporárias que saem com a lavagem, estes produtos podem causar dermatite de contato, uma alergia causada no couro cabeludo por alguns componentes desses produtos, ou fotoalergia, reação causada quando em contato com o sol. Os sintomas podem ser coceira, irritação, vermelhidão, ardência e até descamação da pele. Por isso, é importante, primeiro, testar em pouca quantidade numa área pequena para saber se é seguro usá-lo.

Dra Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro, Pós-graduada em Estética Avançada no Instituto Superior de Medicina. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Dra Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal.

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8 dicas para cuidar dos cabelos durante o verão

Dra. Andrea Frange – Clínica Luciana Garbelini

É só chegar o verão que, automaticamente, a gente já pensa em sol, mar, piscina e muito bronze, certo? Mas é preciso tomar alguns cuidados básicos para que os cabelos não fiquem ressecados e quebradiços, já que todos esses elementos colaboram para que os fios percam a força rapidamente.

Essas agressões cotidianas causam uma degradação da saúde da fibra capilar, ainda mais se os seus cabelos frequentemente passam por procedimentos químicos, como tintura, clareamento ou progressiva, o que os torna frágeis em qualquer situação.

A boa notícia é que, se você não mantiver uma rotina de cuidados com os cabelos, eles vão continuar macios e brilhosos nesta e nas próximas estações. Para te ajudar na missão, revelamos 8 dicas simples de cuidados com os cabelos no verão que fazem toda a diferença!

1. Cuidados ao entrar na piscina ou mar

Saturar os fios com água doce antes de entrar no mar ou na piscina e aplicar cremes hidratantes sem enxágue, ajudam a minimizar os danos do sal e do cloro, além de manter os fios para cima, presos em coques altos, para evitar o contato contínuo com a água enquanto se banha.

“Assim que sair do mar ou da piscina é importante lavar os fios novamente com água doce, caso não tenha acesso fácil, a água de côco é uma boa opção, e reaplicar o creme hidratante idealmente que contenha filtro de proteção solar”, orienta a Dra. Andrea Frange, dermatologista da Clínica Luciana Garbelini.

2. Evite banhos muito quentes

“A água muito quente do chuveiro, além de danificar a haste dos fios, piora a oleosidade do couro cabeludo. O ideal seria utilizar a água morna durante a lavagem e, se possível, aplicar o último enxágue com a água mais fria, isso ajuda a aumentar o brilho”, explica a especialista.

Na hora de secar os fios, tente não passar a toalha com muita força, porque o tecido pode deixar os fios quebradiços. Se puder, opte por um papel toalha, que consegue tirar o excesso de água e evita que os fios criem frizz. O papel também ajuda a dar mais definição para quem tem cabelos cacheados ou ondulados. E, para finalizar, prefira pentes de madeira, que desembaraçam o cabelo mais rápido e não quebra as fibras capilares.

3. Faça hidratação com mais frequência

Como o sol costuma deixar os cabelos mais frágeis e eles perdem queratina, fazer uma hidratação periódica é essencial para manter os cabelos saudáveis, fortes e resistentes. O ideal é fazer uma hidratação nos fios a cada 15 ou 30 dias, mas no verão esse número pode aumentar para que os fiquem protegidos e deve ser feita uma vez por semana. A hidratação nos fios pode ser feita tanto com máscaras, como com ampolas, que são feitas para deixar os fios mais macios e sem pontas duplas.

4. Proteja-se das agressões diárias aos fios

A lavagem correta para remover as partículas de poeira, poluição, células mortas e sebo é fundamental. Além de selecionar o shampoo específico para o seu tipo de cabelo, a massagem do couro cabeludo com a ponta dos dedos em movimentos circulares para espalhar o produto de forma homogênea ajuda a tornar essa limpeza mais efetiva. Enxaguar bem os fios, para evitar o depósito de resíduos de produto também é importante.

“Com relação à exposição solar, estudos mostram que a radiação UVA, UVB e luz visível causam alterações na cor e perda proteica da fibra capilar, portanto, a aplicação de produtos finalizadores que contenham filtro solar na sua composição, assim como, o uso de bonés e chapéus também ajuda a protegê-los”, orienta a dermatologista.

5. Cuidados para cabelos oleosos

Para quem tem o couro cabeludo oleoso, o uso de shampoos mais adstringentes para uma limpeza profunda, 1 ou 2 vezes por semana e a aplicação de condicionadores mais fluidos, aplicado apenas no comprimento dos fios (da altura da orelha em direção às pontas), seria o ideal.

Optar pelos finalizadores corretos também é importante, em geral os séruns e aquosos são preferidos por não prejudicarem o volume natural e não aumentarem a oleosidade.

6. Cuidados para cabelos cacheados e crespos

Cabelos cacheados e crespos são mais secos devido ao seu formato em espiral e apresentam maior dificuldade para que os óleos naturais produzidos na raiz lubrifiquem os fios e atinjam as pontas. Uma dica seria optar por shampoos de limpeza mais suave ou sem sulfato e, ao entrar no banho, molhar o cabelo e aplicar o condicionador nas pontas, antes de massagear o shampoo no couro cabeludo, isso ajuda a proteger os fios durante o enxágue. Além disso, ciclos de hidratação e nutrição com máscaras específicas devem ser feitas com mais frequência.

7. Fios mais claros e loiros

Os fios danificados pelo processo da descoloração perdem proteína e consequentemente densidade, tornando-se mais fracos e quebradiços. A reposição de queratina, principal proteína do fio, é fundamental, mas deve ser realizada com cautela, pois quando em excesso, torna os fios rígidos e sem maleabilidade. A hidratação, objetivando a reposição de água, bem como a nutrição, para a reposição de óleos também são igualmente importantes para intensificar o brilho, a maciez e a redução do frizz.

8. Elástico pode danificar os fios

Prender os fios, não só para aliviar o calor, mas também para reduzir o contato com o suor que prejudica a haste é interessante, porém alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo evitar a tração excessiva dos fios em rabos de cavalo excessivamente apertados, pois esse hábito pode ocasionar a perda permanente desses fios tracionados, condição conhecida como alopecia de tração.

Versão oringinal no site da Marie Claire

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