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Cuidados com o cabelo

Queda de cabelo e Covid: existe alguma relação?

Doutora Andrea Frange, especialista em tricologia, tira suas dúvidas

A covid-19  pode trazer efeitos após o fim do ciclo do vírus no corpo. Além de prejuízos relacionados com olfato, paladar e respiração, há relatos de queda de cabelo acentuada após a infecção. A dermatologista especialista em tricologia Andrea Frange, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo, destaca aspectos que podem explicar mais sobre essa relação.

Assim como outras consequências decorrentes da covid, os efeitos posteriores estão sendo descobertos ao mesmo tempo em que se busca saber mais sobre a doença. “As possíveis causas de queda de cabelo como uma das decorrências do coronavírus ainda ficam no campo das probabilidades, como tudo ligado a esse vírus. No entanto, já se sabe que o covid pode causar o eflúvio telógeno agudo, quadro este que acontece quando há uma perda de cabelo acima do normal”, diz a médica.  

No geral, essa queda acentuada pode ser uma das formas de o corpo refletir problemas ou transformações que o organismo passou ou vem passando nos últimos tempos. “Os gatilhos para isso são vários. O uso de medicamentos, por exemplo, – como antibióticos e alguns anti-inflamatórios -, e infecções de uma forma geral. Cirurgias, estresse físico e psicológico, até luto. Além de perda de peso, má qualidade do sono ou comprometimento da alimentação, e consequentemente do fornecimento de nutrientes importantes para o organismo, também podem ter relação com a queda”. 

De acordo com a médica, na covid-19 acontecem alterações inflamatórias no organismo que podem ocasionar o quadro.  “E, pelo que tem se observado, parece que essa queda do cabelo acontece antes – com cerca de dois meses após o fato gerador – quando comparada a outras situações que também podem ser gatilhos para o quadro. E que a queda ocorre com três meses”, afirma Andrea. 

A dermatologista ainda diz que é preciso ter mais atenção se tratando de pacientes que já tem alguma questão que envolva queda de cabelo, caso estes venham a desenvolver covid. “É necessário observar como isso vai impactar no cabelo, se vai apresentar uma queda mais acentuada quando comparada ao seu histórico capilar.”

O que fazer?

Andrea explica que é importante ficar atento se o padrão de queda foge ao normal, sendo importante passar pela análise de um especialista. “Só ele poderá avaliar o quadro e indicar o tratamento ideal para cada caso”. Manter os fios limpos e secos, evitar tração excessiva, desembaraçar com cuidado, são atitudes simples e que devem ser seguidas no dia a dia. “Mas se a queda for programada, ou seja, se o organismo do paciente já iniciou o desprendimento a partir de um gatilho, ela vai acontecer de qualquer forma. Por isso é necessário orientação médica para avaliar a causa do problema e todas as circunstâncias que podem estar envolvidas na queda,” finaliza.

Sobre Dra. Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Cuidados com a Pele

Novas tendências em tratamentos estéticos

A dermatologista Luciana Garbelini comenta sobre as principais tendências em tratamentos de beleza

Mudanças importantes aconteceram no mundo. E os impactos foram muitos, inclusive no comportamento de consumo das pessoas. Algumas tendências vieram à tona. No universo da beleza, não foi diferente. As pessoas passaram a se preocupar mais com a saúde da pele e os cuidados foram intensificados. Houve uma popularização do termo skincare, que passou a significar mais do que a própria palavra quer dizer, se tornando um momento de olhar para si. 

Beleza Otimizada:

No final de 2020, surgiram os primeiros sinais de que as etapas de cuidados com a pele deveriam ser revistas – e otimizadas. O dia a dia corrido passa a ser um impeditivo para uma rotina demorada, que contempla muitos passos e produtos. Esse e outros motivos fazem da rotina curta e minimalista uma das grandes apostas para 2022. Segundo a plataforma de tendências WGSN, os consumidores estão aderindo à mentalidade de ‘compre menos, compre melhor’, na qual buscam escolher produtos voltados a resultados, restringindo sua rotina de beleza. Isso, de acordo com a WGSN, acontece por alguns motivos: as pessoas estão mais conscientes dos impactos ambientais causados pelas embalagens e também ao consumo em excesso. Além de terem aumentado a percepção de que usar inúmeros produtos na pele não é necessariamente algo bom.  

Segundo a dermatologista Luciana Garbelini, equilíbrio é importante. “A palavra é otimizar. Usar os produtos certos e que realmente funcionam para cada pele. Nem sempre quantidade ou preço é sinônimo de resultado”. E a médica dá a dica: “Escolha produtos que ofereçam mais de uma função ou benefício para otimizar as etapas de tratamento. Os produtos multifuncionais são uma boa opção”. 

Além disso, a dermatologista lembra que os passos de cuidados com a pele podem ser reduzidos, mas três etapas não podem faltar: limpeza, hidratação e proteção solar. Em primeiro lugar é fundamental conservar a pele limpa. “A limpeza desobstrui os poros da queratina e da oleosidade que ocorrem naturalmente no processo de renovação celular. A próxima etapa é repor a água da pele, passando um hidratante. E para finalizar, um dos passos mais importantes é o uso do protetor solar”. 

Personalização:

A personalização é uma tendência já forte no universo da beleza e que continuará em 2022. Cada pessoa tem características específicas e merece um olhar adequado às suas necessidades. Seja por meio dos cuidados com a pele que se tem em casa, ou até mesmo no momento de uma intervenção estética. Por isso, as abordagens são cada vez mais individualizadas.  

O Facetelling é um exemplo de técnica de análise facial que vem ganhando destaque. “A novidade tem como objetivo individualizar ainda mais os tratamentos de embelezamento para o rosto, tornando-se um aliado na busca por uma beleza pessoal e autêntica. É como uma consultoria de imagem facial, mas voltada para aspectos estéticos,” diz Luciana.

Por meio da técnica, é possível avaliar os traços do rosto – formato das sobrancelhas, olhos, nariz e lábios, além da relação entre eles – e suas interpretações. A especialista conta que com esses dados em mãos é estabelecido junto ao paciente quais as intervenções mais adequadas para alcançar o equilíbrio entre imagem e mensagem. “Absolutamente tudo é personalizado,” afirma.

Além disso, de acordo com a médica, há no mercado diversos dermocosméticos mais específicos, que permitem tratar diferentes quadros, de acordo com cada tipo de pele. Também se tem a possibilidade de manipular produtos, combinando ativos ideais para a necessidade de cada indivíduo. Outra opção que vem sendo falada é a realização de um exame que avalia o DNA da pessoa para identificar quais são as características e predisposições daquela pele para que o médico consiga ser ainda mais assertivo nas recomendações de produtos e tratamentos.

Beleza limpa e sustentável: 

Os consumidores estão mais conscientes de seus hábitos, buscando saber os impactos de suas escolhas para o meio ambiente e até para eles próprios. De acordo com a WGSN, em 2022, o interesse do consumidor por saber mais sobre as embalagens de beleza continuará à medida que eles se tornam mais conscientes das consequências do excesso de materiais no planeta. Isso se amplia também para as formulações sustentáveis ao passo que as pessoas começam a questionar mais a origem dos ingredientes presentes nos produtos. 

Essas questões andam próximas de outro movimento que vem crescendo e tende a se fortalecer no próximo ano: o ‘Clean Beauty’, que, em resumo, significa escolher produtos que não possuem substâncias nocivas às pessoas e ao meio ambiente. Por isso, segundo Luciana, é importante que as pessoas estejam mais atentas ao que escolhem para si e sempre orientadas por médicos aos quais confiam. 

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Cuidados com o cabelo

Inverno: os cabelos realmente caem mais nesta época?

Saiba se as estações do ano interferem na saúde dos fios

Queda é um dos principais medos quando se fala de cabelo. E existe uma dúvida comum de que algumas estações do ano como o outono podem intensificar o processo. A dermatologista e especializada em tricologia Andrea Frange esclarece essas dúvidas.

De acordo com a médica, a perda de cabelo ao longo do ano é algo normal, já que estudos mostram que nos animais mamíferos ocorre uma queda sazonal dos pelos. “Existe um tipo de queda de cabelo denominado eflúvio telógeno agudo, no qual, por certo período, ocorre um maior desprendimento de fios do couro cabeludo de forma programada pelo organismo. Esta troca de pelagem ocorre no final do inverno e começo da primavera”, explica a Dra. Andrea.

Um dos aspectos que pode influenciar nessa perda é a percepção do nosso organismo com relação à quantidade de luz no decorrer dos dias. “Durante todo o período do inverno os pelos, que possuem papel de proteção térmica, ficam ‘retidos’ por mais tempo, prolongando assim o período de permanência aderido à pele. O provável gatilho para o início da queda seria o aumento da visualização da luz solar através dos caminhos neurais que ligam os olhos ao cérebro”, salienta a tricologista.

A especialista ainda destaca: “Um gatilho para este tipo de queda seriam viagens em locais de grande exposição solar, com dias mais longos, comparados aos locais com menor duração do período solar”. Além disso, por esse tipo de queda fazer parte de um ciclo biológico, não haveria como preveni-la ou impedir que ocorresse. “A boa noticia é que por tratar-se de uma queda programada, para cada fio que se desprende existe um novo fio se formando logo abaixo.”

Outras causas

De acordo com a médica, existem outras causas de queda capilar que são preocupantes, pois levam a uma alteração do ciclo normal do cabelo. É o caso da dermatite seborreica do couro cabeludo, ou caspa, que tende a piorar nas estações mais frias como outono e inverno. “O aumento da proliferação fúngica no couro cabeludo pode piorar a queda de cabelo consideravelmente. Para evitar o seu surgimento é importante realizar a higienização do couro cabeludo com shampoos mais adstringentes e antifúngicos para uma limpeza profunda. Isso de uma a duas vezes por semana, dependendo da necessidade. Também lembrar que a aplicação de condicionadores deve ser apenas realizada no comprimento dos fios – da altura da orelha em direção às pontas”.

Outro ponto é evitar o uso de água quente durante o banho, dando preferência para uma temperatura de morna para fria.  A água quente estimula a produção de sebo pelas glândulas sebáceas, piorando a oleosidade do couro cabeludo e aumentando o ressecamento da haste dos fios.

Em alguns casos o tratamento apenas tópico não é suficiente, por isso a consulta médica é importante para avaliar a necessidade de medicações orais associadas e saber se a queda é pontual ou algo que precisa de um tratamento mais específico e prolongado.

Dra. Andrea Frange

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Especialização em Tricologia pelo Hospital do Servidor Público Municipal.

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Cuidados com a Pele

Autocuidado da cabeça aos pés

10 dicas para manter a pele, cabelos e unhas saudáveis

Aproveitar esses dias em casa para se cuidar pode ser uma boa opção. Além de atividades para relaxar e manter o bem-estar emocional, dar atenção para o corpo também é importante. Separamos algumas dicas que podem ser incorporadas no seu dia a dia para deixar a pele, cabelos e unhas mais saudáveis.

Pele: Maciez e Vitalidade

A pele é o maior órgão do nosso corpo e frequentemente age como um espelho que reflete a nossa saúde interna. Quando a pele perde o seu brilho e vitalidade, pode ser um sinal revelador de que algo está faltando na nossa dieta. Neste capítulo, exploraremos como podemos nutrir a nossa pele de dentro para fora, usando alimentos repletos de nutrientes essenciais para restaurar o seu frescor e hidratação. 

Lembre-se de que a pele é um órgão complexo e multifuncional. Ela atua como uma barreira protetora contra agressores externos, regula a temperatura do corpo e, claro, desempenha um papel fundamental na nossa aparência e autoestima. Portanto, cuidar da sua saúde não é apenas uma questão de estética, mas também de bem-estar geral. 

Uma pele seca e opaca geralmente indica carência de nutrientes. Para devolver o brilho e a hidratação à sua pele, certifique-se de consumir alimentos ricos em: 

  • Vitaminas A, C, K e B2: Essas vitaminas são fundamentais para uma pele saudável e luminosa. 
  • Ácidos Graxos Essenciais: Encontrados em azeite de oliva extra virgem, peixes gordurosos, e nozes, esses ácidos ajudam a manter a elasticidade da pele. 
  • Vitaminas A, C, K e B2: Essas vitaminas são fundamentais para uma pele saudável e luminosa. 
  • Ácidos Graxos Essenciais: Encontrados em azeite de oliva extra virgem, peixes gordurosos, e nozes, esses ácidos ajudam a manter a elasticidade da pele. 
  • Água: Manter-se hidratado é vital para uma pele saudável. Água ajuda a eliminar toxinas e permite que os nutrientes dos alimentos sejam absorvidos de maneira eficaz

Dicas para cuidar da Pele

1) Dê um descanso para a pele. “Ficar um tempo sem maquiagem desobstrui os poros de resíduos e evita o atrito diário causado na hora de sua remoção. Isso melhora o aspecto das peles sensíveis e ainda facilita a penetração dos ativos no tratamento de skincare”, explica a dermatologista Luciana Garbelini. No entanto, mesmo sem usar maquiagem e estar em contato direto com a poluição, a médica ressalta que é fundamental conservar a pele limpa. “A limpeza desobstrui os poros da queratina e da oleosidade que ocorrem naturalmente no processo de renovação celular”.

2) Mantenha o hábito de esfoliar a pele. A especialista recomenda fazer a esfoliação de uma a duas vezes por semana. “A frequência vária conforme a sensibilidade da pele e a intensidade da esfoliação”.

3) Aproveite o tempo livre para aplicar máscaras faciais. Se não tem opções já prontas em casa, é possível fazê-las. Mas a médica alerta: “as máscaras faciais caseiras merecem mais atenção devido ao risco de reações e até queimaduras após o contato com o sol. Além disso, elas não têm a mesma tecnologia de penetração na pele do que uma máscara industrializada”.

Neste momento, porém, é necessário ponderar as opções mais acessíveis. Por isso, a dica da Dra.Luciana é usufruir dos benefícios de produtos que se tem em casa, mas com alguns cuidados: evite frutas cítricas (morango, limão, laranja) na composição e dê preferência às máscaras que utilizem iogurte, mel, açúcar, ovos, aveia, óleos vegetais ou abacate. “Uma opção de máscara clareadora e antioxidante para todos os tipos de pele é misturar 1 colher de iogurte, 1 colher mel e 1 colher de açafrão. Deixe na face por 20 minutos.

O iogurte tem ácido láctico que funciona como um clareador e é fonte de vitamina B6 e B12. Já o açafrão é um potente antioxidante. O mel, por sua vez, ajuda na hidratação, além de ser um bactericida e promover uma leve esfoliação durante a lavagem. Use duas vezes na semana.”

4) Hidratação sempre! Na vida, especialmente nesse momento, é importante se manter hidratado de todas as formas. Beber água é fundamental, mas também não se pode esquecer de hidratar a pele. De acordo com a dermatologista, lavar as mãos e usar álcool gel é essencial como forma de diminuir o contágio do COVID-19.

Porém, a higienização constante pode reduzir a proteção natural da epiderme, levando a um ressecamento dessa camada superior da pele e até mesmo algumas fissuras, porta de entrada para microrganismos danosos à saúde. “Após a sua limpeza, espere a pele ficar seca, inclusive do álcool gel, e passe o hidratante. Um não interfere no efeito do outro. Isso também é válido quando se tem muito contato com produtos químicos de limpeza. Neste caso, uma boa opção também é usar luvas de proteção”.

Cabelo: Brilho e Vitalidade 

Cabelos são uma parte importante da nossa identidade e autoestima. Eles refletem nossa personalidade e saúde de maneira única. Quando nossos cabelos perdem o brilho, tornam-se frágeis e começam a cair, isso pode ser um sinal claro de que nosso corpo está pedindo ajuda. Afinal, os cabelos precisam de uma série de nutrientes essenciais para manter sua saúde e beleza. Para garantir que seu cabelo permaneça saudável e deslumbrante, você deve fornecer os seguintes nutrientes essenciais: 

  • Vitaminas A, C e B: A vitamina A é vital para a saúde do couro cabeludo, enquanto a vitamina C fortalece os folículos capilares. O complexo de vitaminas B, incluindo biotina, é crucial para o crescimento capilar. 
  • Minerais: O zinco, o ferro e o iodo desempenham um papel significativo no fortalecimento do cabelo. Certifique-se de incluir alimentos ricos nesses minerais, como peixes, ovos e frango. 
  • Proteínas: A proteína de origem animal, encontrada em peixes, ovos e frango, é essencial para a construção e manutenção dos fios capilares.

Como cuidar bem dos cabelos em casa?

5) Deixe o cabelo descansar. Segundo a dermatologista é interessante evitar o uso de secadores, chapinhas, modeladores ou qualquer aparelho com fonte de calor. “Isso evita a quebra por calor e tração dos fios, o ressecamento e as pontas duplas, além da perda de queratina que compõe a cutícula dos fios – e que pode resultar no seu afinamento e frizz”.

6) Invista em cremes (máscaras, condicionadores, leave in) de acordo com a necessidade do cabelo. “Para hidratar escolha produtos que tenham pantenol, glicerol, aloe vera e extratos vegetais. Se o foco for nutrição, escolha por lipídeos como ceramidas e óleos vegetais de coco, argan, oliva, manteigas de Karité, cacau e cupuaçu. Dê preferência por proteínas, colágeno, aminoácidos, elastina e queratina se o objetivo for reconstrução”.

7) Siga algumas instruções extras se o foco for uma hidratação potente nos fios. A médica recomenda usar uma máscara capilar hidratante e adicionar alguns ingredientes fáceis de encontrar em casa, como amido de milho, leite, açúcar ou mel. “Ajuda bastante na hidratação e no brilho”, diz ela. Dra.Luciana ainda ressalta que existem varias opções de ampolas ou óleos finalizadores que funcionam como um booster na hidratação e não deixam o cabelo pesar.

Unhas: Firmeza e Durabilidade

Unhas são mais do que apenas uma parte estética do nosso corpo. Elas são um indicador de saúde e bem-estar. Quando suas unhas começam a quebrar, ficam finas ou mostram manchas brancas, é um sinal claro de que seu corpo pode estar pedindo mais atenção nutricional. Para manter suas unhas fortes e bonitas, precisamos fornecer a elas uma gama específica de nutrientes. Confira: 

  • Vitaminas A, C, D, E e B2: Essas vitaminas promovem a saúde das unhas e evitam a fragilidade. 
  • Minerais: Ferro, iodo, zinco e cálcio são essenciais para unhas saudáveis. 
  • Alimentos adicionais: Grãos integrais, sementes, nozes, vegetais e frutas também contribuem para unhas robustas.

Como cuidar das unhas?

8) Deixe as unhas respirarem.  Evite esmaltá-las e poli-las por um período. Aproveite para fazer uma hidratação! “O excesso de esmalte e acetona, além de alterarem a coloração das unhas também as desidratam, principalmente se utilizados sem descanso ou pausa. Já o polimento é uma das principais causas de onicosquizia (descamação da unha). O recomendado é hidratá-las para não deixar que a queratina fique muito ressecada e descame”, explica a médica.

9) Preste atenção na sua cutícula. Ela não deve ser retirada, apenas empurrada com cuidado. “A cutícula é uma pele fina que protege a matriz ungueal – estrutura na base na unha onde existem células responsáveis pela produção da lâmina de queratina, a ‘fábrica da unha’, assim não é aconselhado retirá-la”. Uma boa dica de cuidado é fazer uma massagem utilizando um creme hidratante nela e na unha antes de dormir. Durante a noite o hidratante age por mais tempo.

10) Na hora de escolher o esmalte também é interessante ver os componentes. Dra.Luciana indica os esmaltes testados dermatologicamente e que sejam livres de tolueno, formaldeído e benzeno. “Os removedores a base de acetona também são grandes vilões. O ideal é escolher os que não contêm acetona na sua composição. Uma boa dica é o removedor a base de óleo de banana”, salienta.

Dicas para o Dia a Dia

Consuma Frutas e Vegetais: Inclua pelo menos cinco porções de frutas e vegetais na sua dieta diária para fornecer vitaminas e hidratação à pele. 

Ácidos Graxos Essenciais: Azeite de oliva extra virgem, peixes gordurosos e nozes são ótimas fontes de ácidos graxos essenciais que melhoram a saúde da pele. 

Evite Produtos Processados: Alimentos altamente processados geralmente contêm açúcares e gorduras não saudáveis. Opte por alimentos não processados e nutritivos. 

Ao incorporar essas dicas à sua rotina e mantendo uma dieta equilibrada, você estará no caminho certo para manter cabelos, unhas e pele saudáveis e radiantes. Lembre-se de que a nutrição desempenha um papel vital em nossa saúde e bem-estar.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Saúde e Doenças Dermatológicas

Coronavírus e sintomas dermatológicos

Como sintomas dermatológicos podem indicar baixa imunológica

Em tempos de coronavírus, mais do que nunca, se percebe a relevância de manter o sistema imunológico saudável. Deficiências imunitárias podem ser porta de entrada para microrganismos nocivos à saúde e por isso a importância de ficar atento a alguns sinais. Mas, como a baixa imunidade pode refletir em diferentes áreas do nosso corpo? Destacamos algumas indicações dermatológicas que podem servir de aviso que é hora de dar mais atenção para a imunidade.

A pele, maior órgão do corpo humano, pode apresentar indícios que nos ajudam a ligar o sinal de alerta e não deixar a nossa defesa natural tão vulnerável. “O ideal é manter o corpo sempre em equilíbrio, qualquer manifestação de baixa imunidade merece atenção para que outras infecções em potencial não se aproveitem dessa deficiência do organismo e se apresentem com maior gravidade”, salienta a dermatologista Luciana Garbelini.

Um dos sintomas de baixa imunidade evidenciados pela especialista é a erupção viral por herpes simples. As principais características são: “Bolhas e feridas que aparecem ao redor da boca, nariz ou genitais, mas podem ocorrer em qualquer parte da pele”, esclarece a médica.

Outros sinais

Além disso, Luciana também destaca três tipos de dermatites que podem ter relação com um déficit imunológico. A primeira é a dermatite seborreica. “Mais frequente no couro cabeludo, apresenta descamações, vermelhidão e coceira. Pode evoluir para o rosto – entre as sobrancelhas e ao lado da asa nasal – e atrás da orelha”, explica.

Outra pode ser a dermatite bacteriana. Essa inclui desde foliculites recorrentes, furúnculos e até quadros mais graves como a erisipela, uma infecção grave e extensa que acomete uma camada mais profunda da pele, causada pela penetração da bactéria por meio de pequenas rachaduras nos pés e entre os dedos ou após uma picada de inseto. “Esse tipo de dermatite é mais comum nas pernas, principalmente de idosos, diabéticos e pessoas imunocomprometidas”. Por isso também a importância de dar mais atenção para os grupos de risco em momentos como esse.

E por último a dermatite atópica. “Característica das pessoas com alergias sistêmicas, como rinite, bronquite e sinusite, geralmente começa na infância, e é desencadeada em ambientes secos ou ácaros. Assim como em períodos de ansiedade”, salienta. Dessa forma, se preocupar também com a saúde emocional deve fazer parte dessa nova rotina de cuidados.

Sabendo disso, a Dra. Luciana dá a dica: “preste atenção nesses quadros cutâneos recorrentes ou resistentes porque demonstram sinais de baixa imunidade. Busque tratamento o quanto antes e tome medidas para reforçar a defesa do corpo e se manter saudável. Só assim o sistema imunológico pode desempenhar seu papel da melhor forma”.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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